Vai a julgamento Fernando Silvestre, o professor de Religião e Moral que foi acusado da prática de 95 crimes de abuso sexual.
Os crimes praticados sobre as alunas de 14 a 17 anos aconteciam desde 2014, mas só recentemente é que o professor viu a sua atividade suspensa. A Escola secundária Camilo Castelo Branco mantém o silêncio e o professor também se recusa a prestar esclarecimentos acerca das suspeitas dirigidas à sua pessoa.
Os atos terão sido cometidos durante os ensaios de “O Andaime”, a companhia de teatro criada pelo arguido, em que o próprio era encenador.
Algumas das alunas vítimas dos abusos sexuais já comunicaram com as autoridades e relataram ao detalhe os ataques imorais do professor de Moral. As alunas eram enganadas pelo docente que dissimulava os seus atos tentando fazer parecer que tudo era natural e fazia parte do processo de aprendizagem.
Os ensaios costumavam começar “com uma fase de aquecimento, durante a qual as portas se mantinham fechadas, as luzes apagadas e os estores da sala corridos, com música a tocar, e compreendiam a realização de exercícios de contracena, durante os quais os alunos fechavam os olhos e seguiam as instruções do arguido, com o objetivo de criar um estado de relaxamento e desinibição psicológica e corporal”.
Durante uma aula de Educação Moral e Religião Católica, pediu aos alunos que se deitassem alegadamente para “efetuarem exercícios de respiração” e, com as luzes apagadas, terá acariciado uma aluna.
Fernando Silvestre nega tudo e diz que as alunas o ‘tramaram’.