Fala da tua história, primeiros passos, e das tuas influências no mundo da música.
–Fui introduzido a musica por volta dos anos 2004/05 pelo meu fiel Mc True agora conhecido como The One. Ele já estava mais envolvido com a musica e pediu me que participasse nas listas? ou inter-turmas e que fizesse uma performance com ele diante a escola toda. Fizemos. Correu bem. Pediram-nos autografo numa de suporte moral mas o momento foi tao real que senti como se fosse uma imagem futurística projetada. Dado os comentários do pessoal era aparente que eu tinha um dot para a musica, que imediatamente tinha se tornado um hobbie e eventualmente uma aspiração como carreira.
Enquanto em Portugal eu fazia musicas e freestyles com o nome K.L.T. (King Lord Tay), mas muitos me conheciam mais como o “puto do freestyle da costeleta”. Recebi o nickname quando o Jimmy P que ainda era conhecido por Supremo G tinha vindo a margem sul para dar um show colectivo com o pessoal da área na casa amarela (mira tejo). Nessa noite quando todos se juntaram para um freestyle colectivo (fora do stage) eu dei um freestyle distinto cujo a última barra “não curto de beef eu só como costeleta” destacou se ao ponto de parir-me uma alcunha nova. Talvez por ser factual no sentido literal e positivo no sentido figurativo, não sei, mas foi uma tremenda experiência.
As minhas influencias são deduzidas a tudo ou nada. Cresci a ouvir muito Valete, Sam the kid e Regula, assim como também ouvia Sp & Wilson, Halloween, Sir scratch etc… Do outro lado era o “weirdo” do grupo por consumir (passivamente) Linkin Park e outras bandas de rock. Depois de aceitar as minhas diferenças consegui crescer um pouco mais e tornar me no Arcane T-Rubble que sou hoje. Musicalmente tudo o que ouço é tornado numa essência que misturo com a minha música no processo de criação. Ouço música de todo o mundo em todas as línguas incluindo musicais e musica clássica. Se faz som eu faço a melodia.
O que achas do mundo da música na Lusofonia? O que podes trazer de novo?
-Acho que a Lusofonia e bastante rica com sons distintos como o funk brasileiro o kuduro angolano e o fado português (para mencionar apenas alguns gêneros musicais). Mas acho que devia se experimentar um pouco mais com esses sons e leva los mais alem a níveis internacionais. A forma mais obvia é a mistura de um gênero com o hip-hop, mas antes de ser um fã de hip-hop sou um fã da musica e tenciono preservar certos gêneros e estilos e finalmente criar um novo som lusófono para o mundo. Tal como o movimento de hip-hop lusófono o meu som ainda está em crescimento mas o que eu tenho por entregar e contribuir e definitivamente um estilo de som novo.
Há alguma mensagem específica que queres passar com esta música?
–A musica Vibe Killer não tem uma mensagem em si. Ela foi feita para ser apreciada numa vibe relaxada ou intima apesar de pôr uns quantos pontos nos i’s, mas os recipientes conseguem bem retirar a mensagem.
Como estás a lidar com esta situação atual do Covid19?
–Não acredito que esteja a fazer algo diferente em relação ao povo britânico. Fujo a regra sempre que possível mas maioritariamente estou socialmente preso. Ao mesmo tempo e um período de reflexão e meditação e crescimento. O resto da vida ainda continua governada pela rotina – então nesse aspecto a vida continua igual. No outro lado e um pouco chato e depressivo não poder entrar em atividades com o publico e ter shows e fazer videos mais elaborados etc… Está tudo menos accessível.
Queres fazer apenas R&B ou gostavas de explorar outros horizontes?
–R&B e somente uma “Rubble” minha – um “destroco” que junto a outros para criar o som do meu alter ego Arcane T-Rubble. O R&B que faco e diferente. Basta ouvirem a faixa 5 “It’s time” para verem como implemento elementos de rock no gênero trap soul. Acrescento sempre um twist na minha musica e tenho tendencias a focar me mais na parte alternativa do gênero. Pode se medir o meu trabalho um pouco mais nas faixas que eu criei com o meu colectivo “Nois3Gang”. O que demonstra o quão confortável estou fora da suposta área de conforto – mas certamente verão uma diversidade imensa da minha parte que esta nos projetos por vir.
Fala nos um pouco sobre a tua mais recente Mixtape?
-Este ultimo projeto Forgive and Forget foi mais uma seleção temática que quiz partilhar com o mundo ao em vez de um projeto mais elaborado como uma EP ou um album. Isso porque ainda estou a experimentar com os sons. Mas isso nao impede cada faixa em si de relatar storias e experiencias minhas e conter pequenas mensagens para os ouvintes. E uma compilacao de melodias e vibes perfeitas para acompanhar esta epoca de covid.
Um Feat com o teu artista Lusofono favorito, com quem seria?
–E muito difícil escolher um artista porque eu não tenho um artista favorito mas gostaria imenso estar numa colaboração com vários artistas. Não tipo um MJ “We are the world”, isso é muito longo. Mas várias faixas como “Aviso” do Madkutz. Adoro ver artistas criar um big bang artístico sem muitos truques.
Tens apoio dos teus, no projecto musical?
–Sempre. Tenho Untouchables Records sempre na back. Alias o projecto passou por umas quantas fiscalizacoes pecisamente por isso, porque apesar de ser um projecto meu estamos sempre investidos no trabalho um dos outros.
É apenas hobby ou gostavas de viver da música?
–Certamente desejo viver da musica mas a musica esta tao integrada em mim que mesmo vivendo dela profissionalmente ainda seria o meu hobby.
Uma palavra, para os teus apoiantes..
–Loyalty goes a long way. Continuem showing love e a dar aquele suporte que eu anseio poder dar de volta a aqueles que fazem se presentes para mim. E a todos os dreamers out there – que continuem dreaming mas acordados e que nunca desistam daquilo que acreditam.