Bruno Aquiles Lopes Rodrigues, (Bruno Rodriguez), Caboverdiano, natural de Portugal, onde reside atualmente, nasceu a 21 de Agosto de 2001 (19 anos atualmente).
A música, desde sempre esteve muito presente na sua vida, não só pelos inúmeros familiares músicos, mas também por uma ligação muito pessoal.
Ao longo da sua adolescência, surgiram várias oportunidades, que lhe permitiram ser um dos poucos jovens naquela idade a ter uma vida musical ativa tanto nos hotéis, como em restaurantes, pubs e diversos eventos na sua ilha, e em 2019, foi selecionado para ir representar a Ilha do Sal no Concurso Nacional de Vozes, onde conseguiu levar o 1º Lugar para casa, além de ter sido a primeira vez na história do concurso a ser vencido por uma voz masculina. Ainda em 2019, foi uma das atrações do Festival Internacional Santa Maria, um dos maiores de Cabo Verde, e de volta a Portugal, lançou o seu 1º Single, intitulado “VOLTA” e fez a primeira performance ao vivo da música mo EECB ( Encontro dos Estudantes Caboverdianos em Bragança ).
Em Fevereiro de 2020, atuou no Bleza, um espaço muito renomado pelo artistas cabo-verdianos, no progama Benditas Sois Vozes.
E agora, em 2020, prepara-se para lançar o seu primeiro EP “MoonLight”. Será um EP audiovisual, com quatro videoclipes disponíveis no YouTube, e as faixas disponíveis em todas as plataformas digitais, no dia 24 de Outubro, 2020.
Na música tradicional, que foi onde tudo começou, aponta Mirri Lobo e Mayra Andrade como suas principais referências, e entre artistas da atualidade tanto nacional como internacional, nomes como Djodje, Justin Bieber e Bruno Mars são a sua principal inspiração e influenciam muito o seu estilo e a sonoridade que quer apresentar em seus trabalhos.
O que tens a dizer acerca da música em Portugal?
A meu ver, o mundo da música em Portugal, pelo menos na vertente mais jovem, tem aberto muito espaço a artistas da PALOP, principalmente artistas Caboverdianos como Djodje, Dynamo, Josslyn, Soraia Ramos… que têm feito um incrível trabalho neste mercado, e isso é um dos principais aspetos que me motiva a continuar a persistir nesse sonho. A Kizomba é o estilo que tem-se mais destacado entre esses artistas, e não descartando essa possibilidade, afirmo que é um estilo musical que gosto muito, porém não me sinto tão preparado para tal, por agora, mesmo sendo um estilo, no meu ponto de vista “underrated”, tenho focado no R&B, com influências de HipHop, Trap e tenciono trazer também influências do Pop e Dancehall nos meus trabalhos futuros, todavia não é algo que me prendo muito.
Como se deram os primeiros passos da tua carreira?
Tudo começou em 2012, quando decidi participar num concurso infanto-juvenil chamado “Criança Show” realizado pela Câmara Municipal da Ilha do Sal, onde fiquei no 1º lugar nas eliminatórias, porém na final, só consegui o 4º Lugar, mas isso não foi motivo de desistência, serviu apenas como um aprendizado que foi muito importante pois a partir daquele momento, com apenas 10 anos, passei a ver a música com outros olhos, o que me proporcionou uma promissora caminhada desde então. Posteriormente, mais maturo e ambicioso, decidi dar outro passo na minha carreira, e ao invés de apenas interpretar músicas de outros artistas, comecei a escrever as minhas próprias músicas de modo a conquistar mais um espaço.
Qual é o teu público alvo?
De momento, o meu público-alvo é o pequeno público que construí em Cabo Verde, mas agora o meu foco é aqui, trabalhar para conseguir conquistar o público residente cá, e quem sabe arredores. Posterior ao meu recente projeto, tenciono lançar uma música em Português e ver como o público reage, pois não gosto de me prender nem muito a estilos nem a línguas, se surgir oportunidade de realizar um projeto em Francês, Espanhol ou em Inglês, como já faço, desde que me identifique com o mesmo, vou faze-lo com certeza.
O que visa transmitir esta faixa?
O meu EP, basicamente descreve um relacionamento e suas respetivas fases, em que a maioria das faixas têm um cunho muito pessoal, pois inspirei-me em relacionamentos que já vivi, e a primeira faixa chama-se “Slow Burn” que descreve a fase inicial da relação, em que as personagens se conhecem, e têm uma conecção muito forte, porém uma das partes não se entrega completamente, por estar ainda apegada a traumas de relacionamentos anteriores. E já encontra-se disponível no YouTube e nas plataformas digitais.
Alguma mensagem que queres deixar?
Por fim, queria agradecer a oportunidade concedida pela página Worldstar.pt, agradecer a todos os que me têm apoiado incansavelmente nessa caminhada, a todos os artistas como Nelson Freitas, Mayra Andrade, Dino D´Santiago e diversos outros, pela sua grandiosa jornada e luta para que a nossa música ganhasse o espaço que tem hoje, tocasse nas rádios e festivais daqui, e pela porta que abriram para nós, artistas da nova geração.