Depois da detenção do maior traficante de droga português, em junho, a PJ continuou as investigações em busca dos cúmplices envolvidos. Foi numa mega operação para desfazer a rede de Rúben Oliveira, conhecido por Xuxas, que foram detidas um total de 9 pessoas: 8 homens e uma mulher. Os envolvidos eram todos portugueses com idades compreendidas entre os 25 e os 66 anos.
Xuxas tem 38 anos, detém o título de “Padrinho do tráfico” e tem ligações com cartéis colombianos e com o Major Carvalho também conhecido como o Escobar brasileiro.
Era uma rede a operar com relevância na perspectiva da polícia judiciária e em função dos dados que foram recolhidos ao longo da investigação as autoridades descobriram que tinha de facto uma implantação forte em território nacional.
Os estupefacientes eram importados da América latina e distribuída tanto em Portugal como noutros países europeus. A Unidade Nacional de Anti-Tráfico de Estupefacientes apreendeu 3,5 milhões de doses de cocaína originárias da América do Sul, que chegaram dissimuladas em aviões a Portugal. O produto estava dentro de caixas com sete toneladas de papaia.
O nome da mega operação “Exotic fruit” que decorreu em fevereiro está associado ao tipo de fruta que foi usada para esconder a droga, nomeadamente fruta tropical. As autoridades detiveram em fevereiro cinco homens, dos quais dois portugueses e três estrangeiros, o que resultou ainda na apreensão de riquezas e documentos. Seguindo o rasto descobriu-se ainda que o dono da droga era o major Sérgio Carvalho, ex-oficial da Polícia Militar brasileira. Era o princípio do fim para “Xuxas”.
Ruben teve cuidado em ocultar a fortuna de vários milhões de euros, mas a coleção de carros de luxo não passou despercebida. O Padrinho do tráfico também branqueou capital no mercado imobiliário com a ajuda de testas de ferro.
A História do traficante com dimensões nunca antes vista em Portugal viu o seu fim após a traição por um colaborador que foi detido em fevereiro. Xuxas encontra-se em prisão preventiva desde Junho.