Um homem de 48 anos, operador turístico no sul de Portugal (Portimão), acabou por ser detido esta quarta-feira 2 de Novembro, cerca de 5 meses depois do crime de: violação, detenção de arma proibida e dano.
A situação ocorreu em junho. Uma mulher foi abordada num apartamento situado em Portimão por alguém que se identificou com um falso crachá e impressos da polícia, uma réplica de arma de fogo e um taser (dispositivo de choques elétricos).
A vítima abriu a porta, foi manipulada, algemada e violada.
Segundo a procuradoria, em junho de 2022, o detido telefonou a uma mulher estrangeira de 35 anos, que se dedicava à prostituição, e nessa sequência marcou um encontro com ela numa casa localizada em Portimão, no distrito de Faro.
Uma vez no interior de um quarto, o acusado fez-se passar por um agente da polícia, exibiu uma arma de fogo algemas e um taser, recolheu os documentos de identificação da vítima e fez uso de uma almofada para carimbos para colher as impressões digitais da vítima, as quais estampou num impresso com o logótipo do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Em seguida, teve relações sexuais com a mulher e retirou-lhe o cartão SIM do telemóvel, partiu-o para que não pudesse efetuar comunicações. O detido ainda intimidou a vitima dizendo que deveria manter silêncio porque a prostituição é crime, acrescentando que não a entregaria ao SEF se mantivesse relações sexuais com ele .
“Era um indivíduo que se fazia passar por um funcionário da Polícia judiciária, tinha a postura de um polícia de certa forma autoritário. Presumimos que escolhia as suas vítimas nas redes sociais e a partir daí partia para a abordagem e mediante violência e coação consumou este ato”
Alexandre Branco – Departamento de Investigação Criminal de Portimão
Suspeita-se que este crime não tenha sido caso pontual e por esse motivo a PJ de Portimão faz um apelo à denúncia de quem possa ter sido vítima e realça que apesar de já não haver provas materiais existem outras formas de provar o acontecimento.
O Ministério Público requereu e foi aplicada ao detido a medida de coação de prisão preventiva.
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